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Capitulo 01

UNIVERSO

adj.

O mesmo que universal.

M.

Conjunto de todos os corpos ou astros, disseminados pelo espaço ilimitado.
O sistema solar.
O mundo.
A Terra.
A maior parte da Terra.
Os habitantes da Terra.
A Sociedade.

Fig.

Um todo.
Domínio moral ou material, em relação ao universo.

(Lat. universus)

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Podemos definir o Universo, como o conjunto de toda matéria e energia existente no espaço. Por mais conhecimento que o homem tenha, ainda é muito difícil afirmar precisamente como e quando se deu o surgimento do Universo. O que se consegue produzir são apenas teorias, algumas com hipóteses muito bem fundamentadas. 

 

O avanço científico e tecnológico, especialmente neste ultimo século, permitiu atingir um conhecimento mais racional do que é o Universo. Com base nos conhecimentos até agora estudados, podemos afirmar que ele é composto de matéria e energia, com essa afirmação pode-se dizer também que o Universo é constituído quase somente de átomos, predominando a ocorrência de dois elementos: o hidrogênio, com uma participação em torno de 60%; e o hélio, que contribui com quase 36%, ficando a ocorrência de todos os outros elementos em cerca de 4%.

 

 

A teoria do Big Bang

 

Na década de 1920, o astrônomo americano Edwin Hubble procurou estabelecer uma relação entre a distância de uma galáxia e a velocidade com que ela se aproxima e se afasta de nós. A velocidade da galáxia se mede com relativa facilidade, mas a distância requer uma série de trabalhos encadeados e, por isso, é trabalhoso e relativamente impreciso. Após muito trabalho, ele descobriu uma correlação entre a distância e a velocidade das galáxias que ele estava estudando. Quanto maior a distância, com mais velocidade ela se afasta de nós. É a chamada Lei de Hubble. Portanto, as galáxias próximas se afastam lentamente e as galáxias distantes se afastam rapidamente? Como explicar essa lei?

 

Num primeiro momento, poderíamos pensar que, afinal, estamos no centro do universo, um lugar privilegiado. Todas as galáxias sabem que estamos aqui e por alguma razão fogem de nós. Essa explicação parece pouco copernicana. A essa altura dos acontecimentos, ninguém mais acreditava na centralidade cósmica do homem. Precisamos achar, então, outra explicação.

 

 

 

 

 

 

 

A outra explicação pode ser facilmente entendida se fizermos uma analogia bidimensional do universo. Costumamos dizer que vivemos num universo de três dimensões espaciais: podemos andar para a frente, para os lados e pular para cima. Além disso, existe a dimensão do tempo. Essas quatro dimensões compõem o espaço-tempo do universo em que vivemos. Poderíamos imaginar outros universos. Do ponto de vista matemático, podemos imaginar, por exemplo, universos bidimensionais. A superfície de uma bola é uma entidade de duas dimensões, assim como o é a superfície de uma mesa. As indicações mais recentes são de que o Big Bang ocorreu há 13,7 (± 0,2) bilhões de anos.

 

As confirmações do Big Bang

 

No final dos anos de 1940, o astrônomo George Gamow sugeriu que a explosão inicial poderia ter deixado resquícios observáveis até hoje. Ele pensou que um universo tão compacto e quente teria emitido muita luz. Com a expansão, a temperatura característica dessa luz teria abaixado. Segundo cálculos simples, hoje ela talvez pudesse ser observada na radiação de microondas, com uma temperatura de cerca de 5 graus Kelvin. Em 1965, dois engenheiros, Arno Penzias e Robert Wilson, procuravam a origem de um ruído eletromagnético que estava atrapalhando as radiopropagações de interesse para um sistema de telecomunicações. Descobriram que a radiação vinha de todas as direções para as quais apontassem sua antena. Mediram a temperatura dessa radiação; eles encontraram um valor para a temperatura não muito diferente do previsto, de 2,7 graus Kelvin (próximo ao zero absoluto). Era a confirmação da teoria do Big Bang; Penzias e Wilson receberam o Prêmio Nobel de Física em 1978.

Na ciência, quando se faz uma previsão específica baseada em uma teoria, e essa previsão é confirmada, a teoria em questão sai fortalecida. Foi o que aconteceu com o episódio da radiação cósmica de fundo. Ponto para a teoria do Big Bang, que passou a ter supremacia absoluta sobre sua teoria rival, a teoria do estado estacionário, segundo a qual o universo é o que sempre foi.

 

 

 

Mas essa não foi a única confirmação da teoria. O Big Bang também prevê que o elemento hélio se formou nos primeiros três minutos após a explosão. Que cerca de um quarto da matéria do universo se formou desse elemento, e três quartos sob forma de hidrogênio. Quando se conseguiu medir essa abundância primordial do hélio, o valor encontrado confirmou com precisão o previsto.

A teoria heliocêntrica

A idéia de que o Sol está no centro do universo e de que a Terra gira em torno dele, conhecida como a teoria heliocêntrica, já havia sido proposta por Aristarco de Samos (c.320 – c.250 a.C., matemático e astrônomo grego); ele propôs essa teoria com base nas estimativas dos tamanhos e distâncias do Sol e da Lua. Concluiu que a Terra gira em torno do Sol e que as estrelas formariam uma esfera fixa, muito distante. Essa teoria atraiu pouca atenção, principalmente porque contradizia a teoria geocêntrica de Aristóteles, então com muito prestígio e, também, porque a idéia de que a Terra está em movimento não era muito atraente.

Cerca de dois mil anos mais tarde, Copérnico (Nicolaus Copernicus, 1473-1543, astrônomo polonês) descreveu o seu modelo heliocêntrico, em 1510, na obra Commentariolus, que circulou anonimamente; Copérnico parece ter previsto o impacto que sua teoria provocaria, tanto assim que só permitiu que a obra fosse publicada após a sua morte. A teoria foi publicada abertamente em 1543 no livro De Revolutionibus Orbium Coelesti e dedicada ao papa Paulo III.

O modelo heliocêntrico provocou uma revolução não somente na astronomia, mas também um impacto cultural com reflexos filosóficos e religiosos. O modelo aristotélico havia sido incorporado de tal forma no pensamento, que tirar o homem do centro do universo acabou se revelando uma experiência traumática.

Por fim, o modelo heliocêntrico de Copérnico afirmou-se como o correto. Mas por que o modelo de Aristarco de Samos não sobreviveu, cerca de 2.000 anos antes, se afinal também estava certo? Basicamente porque, para fins práticos, não fazia muita diferença quando comparado com o modelo geocêntrico. As medidas não eram muito precisas e tanto uma teoria quanto a outra davam respostas satisfatórias. Nesse caso, o modelo geocêntrico parecia mais de acordo com a prática do dia-a-dia; além disso, era um modelo homocêntrico, o que estava em acordo com o demandado por escolas filosóficas e teológicas.

Após a publicação da teoria de Copérnico, no entanto, alguns avanços técnicos e científicos fizeram que ela se tornasse claramente superior ao sistema de Ptolomeu. Tycho Brahe (1546-1601, astrônomo dinamarquês) teve um papel importante ao avançar as técnicas de fazer medidas precisas com instrumentos a olho nu, pois lunetas e telescópios ainda não haviam sido inventados. Essas medidas eram cerca de dez vezes mais precisas do que as medidas anteriores. Em 1597 ele se mudou para Praga, onde contratou, em 1600, Johannes Kepler (1571-1630, matemático e astrônomo alemão) como seu assistente. Mais tarde, Kepler usou as medidas de Tycho para estabelecer suas leis de movimento dos planetas. Essas leis mostravam que as órbitas que os planetas descrevem são elipses, tendo o Sol em um dos focos. Com isso, cálculos teóricos e medidas passaram a ter uma concordância muito maior do que no sistema antigo. Se não por outro motivo, essa precisão e a economia que ela propiciava seriam tão importantes para as grandes navegações que ela se imporia por razões práticas.

Galileu, ao desenvolver a luneta, criou um instrumento vital para a pesquisa astronômica, pois amplia, de forma extraordinária, a capacidade do olho humano. Apontando para o Sol, descobriu as manchas solares; apontando para Júpiter, descobriu as quatro primeiras luas; e ao olhar para a Via-Láctea, mostrou que ela é composta por miríades de estrelas.

NEBULOSA

Uma nebulosa é uma nuvem interestelar de gás e poeira. Originalmente nebulosa era o nome em geral para qualquer outro objecto astronómico de céu profundo, incluindo galáxias para lá da Via Láctea (alguns exemplos do uso antiquado ainda sobrevivem; por exemplo, a Galáxia de Andrómeda (M31) é por vezes referida como Nebulosa de Andrómeda.

As nebulosas podem ser classificadas pela maneira como são iluminadas:

  • As nebulosas difusas são nebulosas iluminadas
    • As nebulosas de emissão são nuvens de gás ionizado internamente iluminadas. Dois dos tipos mais comuns de nebulosas de emissão são as regiões H II e as nebulosas planetárias.
    • As nebulosas de reflexão são iluminadas pelas reflexões de estrelas vizinhas. Um exemplo é nebulosidade dentro do enxame estelar das Plêiades.
  • As  não são iluminadas. Podem ser detectadas quando obscuram estrelas ou outras nebulosas. Exemplos famosos incluem a Nebulosa Cabeça de Cavalo em Orionte, ou a Nebulosa Saco de Carvão no Cruzeiro do Sul.
As regiões H II são o local de nascimento das estrelas. Estas são formadas quando nuvens moleculares muito difusas começam a colapsar sobre a sua própria gravidade, muitas vezes devido à influência de uma explosão de supernova vizinha. A nuvem colapsa e fragmenta-se, formando por vezes centenas de novas estrelas. As recém-formadas estrelas ionizam o gás em volta e produzem uma nebulosa de emissão.

Outras nebulosas são também formadas pela morte de estrelas. Uma estrela que atravessa o período de transição para uma anã branca liberta a sua camada exterior e forma uma nebulosa planetária. Novas e supernovas podem também criar nebulosas conhecidas como restos de nova e restos de supernova respectivamente.

 

Video retirado do site: www.filmesonlinegratis.net